Leitura:
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HB. 11:1-6; JO. 7:38
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HC. 2:4; AT. 20:20,21; EF. 2:8
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HB. 10:38; JD. 3; AP. 14:12;
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EF. 4:11-16 (v.13)
Se você acha a pergunta estranha ou
desnecessária, julgando que “o importante é ter fé”, precisa se deter na leitura
dos textos acima relacionados. Perceberá que há um tipo de fé que agrada
a DEUS. Mais que isso, concluirá que nem toda fé é aprovada
por DEUS. Finalmente, compreenderá que DEUS
quer conduzir Seu povo à uma só fé, conforme podemos ver em
Efésios 4:5,13.
Vivemos em uma sociedade na qual se proliferam
diversos tipos de crenças, crendices, superstições e sistemas religiosos.
Portanto, não há entre o povo uma “unidade de fé”, como a mencionada pelo
apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios.
Na verdade, nem mesmo entre os que professam a fé
cristã há tal unidade, o que faz com que surjam diferentes grupos com suas
“variações de fé”, com suas “práticas” e “identidade” próprias.
Permita-me caminhar um pouco com você por esse
mundo abstrato, porém real, onde veremos alguns “tipos de fé”, algumas “crenças”
e “crendices”, onde o real e o mito andam de mãos dadas.
Fé – Definição
Ao estudarmos a “fé”, entramos num mundo muito
subjetivo, um lugar onde é preciso ter bem definidos os conceitos de
“alma” e “espírito”, e discernir entre as “forças psíquicas” e as “forças
espirituais”, pois há uma linha muito tênue que separa o universo espiritual do
universo psíquico (mental ou imaginário). Esses universos, conquanto paralelos,
são bem distintos um do outro.
A fé, no pleno sentido da
palavra, é “crer em algo”, é “confiar em alguma coisa”. Essa confiança, no
entanto, pode ser algo psicológico, físico, ou, ainda, espiritual. Nosso
cotidiano exige de nós algum tipo de “confiança”… Podemos dizer, que essa
confiança é um tipo de fé. A grande questão, porém, é que pode ser uma fé viva e
que produz a salvação eterna, ou apenas uma fé “mental” que não nos salva, nos
mantendo na condenação. Se não, vejamos…
A “fé” “psicológica” ou “confiança mental”.
Ao entrarmos em um elevador, “cremos” que ele nos
conduzirá até o andar desejado… Ao entrarmos em um veículo automotor, “cremos”
que nos levará onde desejamos chegar. Não estamos vendo a mecânica que move a
maioria dos equipamentos e máquinas que utilizamos, mas “confiamos” que
funcionarão como se espera. Essa nossa confiança não deixa de ser um tipo de
“fé”… Porém é uma fé “mental”, “intelectual”, pois atua no nível dos
pensamentos, no plano físico ou, no máximo, no plano mental. O mesmo ocorre com
certas “crendices” ou em relação a alguns “placebos”.
Há, inclusive, situações em que certas crenças
causam efeito no corpo, as chamadas doenças “psicossomáticas” que é quando a
mente de uma pessoa acaba causando sintomas de doenças em seu organismo, apesar
de não tê-las.
Esse tipo de “fé” ou “confiança” não tem qualquer ligação com
DEUS, antes é apenas terrena.
A “fé” “espiritual” porém, contrária à DEUS
Existe, também, aquela fé que as pessoas exercem
no mundo espiritual, porém não é aceita por DEUS, pois não é JESUS sua
origem nem se direciona a ELE (HB. 12:2; CL. 1:4). Refiro-me,
aqui, àquela fé, àquela crença que “não é conforme as
Escrituras” (JO. 7:38), aquela crença que não se
baseia na Bíblia, a Palavra de DEUS, mas sim em conceitos humanos sobre DEUS e
sobre o mundo espiritual.
Desde os tempos mais remotos, por ter um anseio
pelo mundo espiritual, o homem tem “criado deuses para si”, e tem, igualmente,
“criado religiões”, sistemas pelos quais julga aproximar-se da Divindade. O
homem sente a necessidade de prestar culto e de adorar algo ou alguém. Vemos,
assim, em todas as culturas, a presença de algum sistema de crenças, e de algo
sendo venerado como “deus”.
No Antigo Egito havia um “panteão de deuses”,
muitos dos quais eram híbridos, sendo parte humano e parte animais, como também
havia na Grécia Antiga personagens representados como parte humanos e parte
animais (os centauros, parte home e parte cavalo, os sátiros, parte homem e
parte bode, as sereias, parte mulher e parte peixe, etc).
Atualmente, se fizermos um censo, veremos todo
tipo de religião, veremos todo tipo de crenças, algumas muito bizarras, outras
muito absurdas, e outras ainda, muito peculiares. Claro, há crenças que até
parecem ter alguma lógica, mas a grande questão é: “estão
em harmonia com a Palavra de DEUS?”
Em se tratando de adorar ao Único DEUS Verdadeiro,
ao Criador do Universo, é preciso seguir o que ELE ordena! Ele deixou princípios
a serem seguidos. Ele jamais deu ao homem a liberdade para escolher “como
cultuá-lO”. Basta examinarmos os relatos bíblicos onde DEUS fala sobre o
Tabernáculo (no deserto), a 1a. manifestação de um lugar onde DEUS iria se
comunicar com o homem. Para a construção do tabernáculo, cada detalhe foi
minuciosamente ordenado por DEUS. DEUS lhes disse o que, quem, como e quando
fazer cada coisa. Tanto no que se referia à confecção de cada peça, seja de
móveis seja de vestuário, DEUS deu os detalhes. Em relação ao montar e ao
desmontar o tabernáculo ao chegar e ao sair de cada lugar, DEUS disse quem iria
levar cada peça da construção. Ao homem cabia apenas obedecer.
Agora, basta um olhar em volta… Há incontáveis
grupos e crenças. Incontáveis templos onde supostamente se cultua a DEUS, onde
as pessoas se reúnem acreditando estar agradando a DEUS, ao Criador… Entretanto
não apenas suas doutrinas, mas também suas práticas têm sido contrárias àquilo
que é ensinado pela Palavra de DEUS – a Bíblia Sagrada.
O grande problema é que a maioria das pessoas não
examina a Bíblia para fundamentar sua fé, preferindo “seguir a multidão”. A
Bíblia e a história têm nos dado preciosas lições, mas poucos atentam para elas.
Mas, voltemos às questões relacionadas aos nossos dias… Precisamos nos pautar pela Palavra do SENHOR para serví-lO!
Fico imaginando como é possível “uma só fé”
(EF. 4:13) se manifestar em tantas religiões e práticas
diferentes que hoje vemos? Não vou nem citar as religiões orientais ou “afros”,
cujas práticas são contundentemente contrárias aos ensinos de JESUS. Apenas
comentando alguns grupos que se supões cristãos…
A maioria – se não todos – adota o uso de templos,
onde se reúnem para seus serviços religiosos, chamando tais templos de
“igrejas”. Afirmam que o templo é “a casa de DEUS” e para isso, usam textos como
o Salmo 122:1 (e outros) que faz referência ao templo em Jerusalém que, no
Antigo Testamento, era considerado a Casa do Deus Vivo, ou então as Sinagogas,
usadas pelos judeus. Contudo, ao adentrarmos o Novo Testamento, já não vemos
mais qualquer menção de “construção de templos”; até mesmo porque os cristãos do
primeiro século compreenderam que “DEUS não habita em templos feitos
por mãos humanas” – AT. 17:24, 7:48. Vemos em
Hebreus que o templo em Jerusalém está ligado à Antiga Aliança, e, na verdade,
não tem qualquer semelhança com os templos utilizados pelos cristãos de nossa
época.
Depois que JESUS veio, já não há mais a
necessidade de “um templo”, um lugar específico e exclusivo para buscar a DEUS,
pois “onde estiverem dois ou três reunidos em Seu Nome, ali ELE está”
(MT. 18:20). A partir de JESUS, as boas novas de salvação – O
Evangelho do Reino de DEUS – vai aonde as pessoas estão; e as casas (não os
templos) se tornam o lugar onde as pessoas vivem, e também onde podem reunir-se
para tratar dos assuntos pertinentes ao Reino de DEUS – AT. 2:46; 5:42;
RM. 16:5,10,11. 1 CO. 16:15,19; FP. 4:22; CL. 4:15; FM. 1:2.
Hoje os templos têm se tornado “o centro da vida
religiosa” das pessoas; elas têm dias e horários e até mesmo um lugar específico
e “exclusivo” para ouvir sobre assuntos espirituais. Separam-se em “grupos” de
acordo com as doutrinas e práticas, ou ainda, segundo suas próprias
interpretações das Escrituras, e isto com relação à vários aspectos da vida
cristã. Perderam o foco!
Outros, ainda, utilizam imagens para “canalizar”
sua fé… Ou a direcionam à pessoas piedosas já mortas e que, acreditam, possam
interceder em seu favor, concedendo-lhes alguns “favores” ou “graça”.
Devotam-se, assim, a seus “santos” ou “padroeiros”. Mas, pergunto: “Qual o
fundamento para isso”?. Certamente não está nas páginas da Bíblia. Tais pessoas
dirigem suas preces a qualquer outra pessoa que não seja DEUS ou o próprio JESUS
(rogam à “virgem” Maria, à “são” Pedro, “são” João, “santo” Antonio, “são”
Jorge, etc.). Não percebem que, fazendo isso (invocando o nome de pessoas que já
morreram) estão, na verdade, praticando a necromancia –
invocação de mortos – contrariando o que DEUS alertou através do profeta Isaías
– IS. 8:19,20. Ao ensinar Seus discípulos a orar, JESUS disse
que toda oração deve ser feita somente a DEUS, e somente “em Seu Nome”. Ora, a
própria Bíblia nos mostra que DEUS só atende aqueles que fazem Sua vontade –
JO. 9:31.
Portanto, não basta “ter uma religião, seguir uma
fé”. Também está errado o pensamento de que “todas as religiões levam a DEUS”,
pois DEUS não é DEUS de confusão – 1
CO. 14:33.
Sendo assim, esse mundo de religiões não têm
origem em DEUS, nem tampouco têm Sua aprovação. É preciso voltarmos para a
Palavra de DEUS, e de acordo com ela, orientarmos nossas vidas e a nossa fé. Do
contrário, a fé que professarmos estará nos distanciando de DEUS e não nos
aproximando dELE, pois não estaremos “seguindo a verdade” em amor (EF.
4:15).
Volto, portanto, a perguntar-lhe: “Que tipo de fé
é a sua”? Sua fé é “como dizem as Escrituras”? (João
7:38).
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